O TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) é
uma síndrome caracterizada por distração, agitação, impulsividade, esquecimento, desorganização,
entre outros sintomas.
Existe uma relação entre prematuridade e TDAH, uma vez que o nascimento prematuro é um fator de
risco para o desenvolvimento do transtorno. O baixo peso ao nascer e a prematuridade extrema são
fatores de risco para TDAH. Estudos indicam que os bebês nascidos entre a 23ª e a 28ª semana
gestacional são os que apresentam maior tendência de desenvolver TDAH. Também tem estudos que afirmam,
que bebês que nascem entre 37 e 38 semanas de gestação tem 20% a mais de chance de desenvolver o
transtorno. Existem outros fatores de risco para o transtorno como o tabagismo materno e fatores
genéticos.
Além disso, alguns déficits e transtornos de aprendizagem podem ser desenvolvidos pelos bebês
prematuros e perdurar até a vida adulta. Nem todos os prematuros desenvolvem TDAH, mas o fato é
que o nascimento precoce afeta a maturidade do sistema nervoso central.
As anormalidades no desenvolvimento cognitivo e comportamental dos bebês prematuros, incluindo o TDAH,
tornam-se evidentes geralmente na idade pré-escolar e escolar, quando se torna necessária a prática
de suas habilidades intelectuais, sociais e emocionais para um bom desempenho escolar.
Neste momento, percebe-se que a criança prematura pode apresentar um desempenho escolar inferior
em relação ao das demais crianças. Além do TDAH, os prematuros estão mais expostos ao desenvolvimento
de outros transtornos de aprendizagem, como a dislexia e a discalculia, por exemplo.
Assim sendo, os professores e educadores devem ter um olhar especial voltado às crianças prematuras
em sua fase pré-escolar e início da vida escolar.
Pais, educadores e profissionais da saúde devem apoiar e estimular a criança, para que ela explore
seu potencial ao máximo e se desenvolva de forma saudável, vivenciando sua fase escolar de maneira positiva.
Assim, o acompanhamento da criança prematura com o neurologista deve ser regular, e não apenas nos
primeiros anos de vida. O neurologista infantil é capaz de detectar precocemente as alterações no
desenvolvimento da criança e indicar as reabilitações necessárias para melhorar o desempenho da criança.
ESPÍRITO SANTO, J. L.; PORTUGUEZ, M. W.; NUNES, M. L. Status cognitivo-comportamental de prematuros de baixo peso ao nascimento em idade pré-escolar que vivem em país em desenvolvimento. Jornal de Pediatria, v. 85, n. 1, p. 35–41, 2009. Disponível em: https://doi.org/10.2223/JPED.1859
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